Operadoras querem vender plano de saúde com menos cobertura, só para consultas ou exames
- Corretor Online
- 22 de out. de 2019
- 2 min de leitura
Empresas de plano de saúde apresentam ao fórum nova proposta para aumentar número de beneficiário nos planos de saúde que vem caindo
Com um cenário de baixa expectativa do crescimento do Brasil no curto e no médio prazos e tendo que lidar com a perda frequente de beneficiários, as empresas de planos estão apresentando ao fórum uma nova proposta com a tentativa de mudar a regulamentação dos planos de saúde e trazer usuários de volta ao planos com contratos individuais. Com as mudanças e aumento na comercialização dos planos de saúde empresariais e coletivos por adesão, hoje os contratos individuais são cada vez mais raros de encontrar, apresentando apenas uma parcela de 20% do mercado de venda de planos de saúde.
Para voltar a ofertar os planos individuais as Operadoras querem que os reajustes anuais parem de ser regulamentados pela ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) orgão fiscalizador do mercado de planos. O intuito é que cada empresa calcule o seu percentual de reajuste, muito se utilizando o índice de sinistralidade do grupo (pratica já adotada nos contratos empresariais e coletivos por adesão). Basicamente os planos seriam reajustados de acordo com a utilização da massa, com um calculo de despesa x receita.
Além disso, as empresas querem disponibilizar novos tipos de contratos onde o beneficiário escolha qual cobertura ele deseja. Nesse caso o mesmo poderá optar por um plano só com consultas, outro só com cobertura para exames ou terapias, e um apenas com cobertura hospitalar. Hoje os planos de saúde são regulamentados e no geral possuem cobertura hospitalar + ambulatorial e obstetrícia.
A proposta vem com tentativa de baratear os custos dos planos de saúde que hoje são obrigados a oferecer a cobertura obrigatória do ROL de procedimentos da ANS, e com isso trazer novamente uma grande parcela de beneficiários que deixaram de pagar o plano de saúde, boa parte desses idosos que são os mais afetados quando falamos do preço de plano de saúde.
As empresas apresentarão a proposta no 5º Fórum da Fenasaúde, que ocorre dia 24 de outubro, em Brasília — onde estará presente o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, com outros participantes do Judiciário e do Legislativo.
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